segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Revolta Extremada...



Gostaria de poder gritar ao mundo esse horror e essa amargura,
Que todo o meu ser invade e nitidamente aparece;
Esse ódio incontido que às vezes me faz sorrir e ao mesmo tempo me entristece...
Já não me vejo como sou!
Há em mim um sabor amargo do fracasso.
Trago no rosto o signo do tormento e já estou farta de tanta mágoa, frustração e sofrimento...
Passo pela vida inutilmente e inutilmente vou vivendo ainda...
Numa marcante aflição que nunca finda;
Que me abraça assustadoramente.
Olho ao redor...
Esse mundo me faz sofrer e me apavora.
Não tenho presente e não me recordo do passado.
Eu sou dos viventes o mais desgraçado!
Tentei desesperadamente voltar ao início; ao meu ponto de partida e viver uma outra vida diferente;
Bem diferente dessa minha triste e detestável vida.
Não consegui!
Fecho os olhos exausta e aniquilada...
Um frio horripilante me faz tremer o coração e a minha alma arrasada, pode ver todos os meus ideais no chão.
Novamente sinto esse ódio profundo que me faz acreditar que de todas as dores, conseqüentemente, odeio também o ventre que me pôs no mundo;
Que me colocou na vida para chorar e sofrer...
E, se nessas horas de cruel e total desalento,
Eu tivesse de um minuto um só segundo,
Dessa tortura infernal que é o meu viver,
Pediria a quem me botou no mundo,
Que me ajudasse a morrer...


Mariluci Carvalho de Souza
(Hanna)

Comentários:
Existem pessoas que deixam o seu barco da vida à deriva e, quando se dão conta, ele está preste a espatifar-se em imensos e tenebrosos rochedos. Não permita que isso aconteça com você! Pegue o leme do seu barco; direcione sua vida assumindo as responsabilidades pelo seu poder de decisão e por suas escolhas. Ninguém faz nada com a gente sem que antes tenhamos permitido. Dessa forma, você estará sendo precavido e, sem dúvidas, não precisara chegar de forma alguma a esta “Revolta Extremada”.

Mariluci Carvalho de Souza

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