quinta-feira, 22 de novembro de 2007

INTROVERSÃO



Saí do prumo...
Perdi o meu rumo...
Mergulhei na incerteza,
Afoguei-me na estreiteza...

Peguei a trilha totalmente errada e,
Senti-me, de vez, acabada,
Virei carta marcada,
No jogo do vale nada...

Meu barco ficou sem leme,
Arrebentando-se em pedras e rochedos,
E eu, impassível, assistia a tudo,
Paralisada, diante dos meus próprios medos.

O não me importo está tão próximo do me importo,
Que não sei dizer a linha que os separam,
Só sei que aquilo que tanto evitamos,
É o que nós mais facilmente nos deparamos...

Acertei o compasso?
Soltei-me do laço?
E agora, o que faço?

O que não avança
Também não retrocede
Às vezes a apatia é tanta,
Que você não sabe se ganha ou se perde

Sem dúvidas, sem certeza...
É assim que é a vida,
Enquanto a vida é...
É tão maior a tristeza,
Quanto menor é a fé...

A calmaria nem sempre significa paz,
E a gente paga aqui o que aqui a gente faz

Da escuridão veio a luz,
Da claridade veio a certeza,
Que o mesmo que nos seduz,
Também nos leva à pobreza.

Achei o prumo!
Acertei o rumo!
Novamente mergulhei...
Só que agora me salvei!


Mariluci Carvalho de Souza.

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